São Paulo - A última Tese de Impacto em Energia da Artemisia, lançada em 2018, acertou em cheio nas previsões, até agora. O estudo mostrou que a demanda por energia elétrica deve triplicar no Brasil até 2050, conforme projeções da Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE).
"Para atender à demanda futura é preciso considerar ações de expansão da oferta e repensar a eficiência de toda a cadeia, incluindo a avaliação e o incentivo a formas alternativas de gerar e distribuir energia", diz Maure Pessanha, presidente do Conselho da Artemisia, que, a pedido do Estadão, analisou os principais pontos da tese.
Essa expansão deve levar em conta o poder aquisitivo da população, a "pobreza energética" - conceito criado na Inglaterra para definir a incapacidade das pessoas de adquirir os serviços de energia para satisfazer necessidades básicas.
Esse cenário, agravado pela crise hídrica, já levou instituições financeiras a criar linhas de crédito especiais para democratizar o acesso à energia solar, mais barata e limpa. É o caso da Caixa Econômica Federal, que lançou uma linha para financiar projetos fotovoltaicos para pessoas físicas, e do Santander, que criou a linha Giro Sustentável PJ, destinada a projetos sustentáveis em condomínios residenciais.