Rio de Janeiro - A escalada das tarifas de energia provocada pela maior crise hídrica dos últimos 91 anos está ampliando um mercado para as empresas do setor elétrico além do abastecimento e da venda de equipamentos.
Grandes companhias e
start-ups estão criando áreas dedicadas à gestão do consumo de energia para ajudar outras empresas a amenizar o impacto da conta de luz nos custos.
O serviço é uma espécie de personal organizer energético, que envolve consultoria, aplicativos e sensores para encontrar formas de elevar a eficiência no uso da eletricidade e baixar a fatura.
Essa nova área de negócios tende a ganhar relevância nos próximos anos para consumidores empresariais de todos os portes, de padarias e oficinas a shoppings e grandes indústrias, já que as previsões indicam energia em alta até pelo menos 2025, a depender da recuperação dos reservatórios das hidrelétricas.
Com maior geração térmica, que é mais cara, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prevê alta de até 21,04% só em 2022. Neste ano, a alta já chega a 19,13% na energia elétrica residencial. Em 12 meses (até outubro), acumula 30,27%.
As consultorias miram a perspectiva de crescimento do mercado livre de energia, que conta hoje só com cerca de dez mil companhias com o pré-requisito de demandar acima de 500 kW por mês, o que equivale a uma conta mensal superior a R$ 110 mil.
A expectativa é que, com os debates em torno da modernização do setor elétrico que devem ocorrer em 2022, esse patamar mínimo de consumo seja reduzido e mais empresas possam aderir ao mercado livre, que permite contratar diretamente do gerador com tarifas mais baixas.
É possível comprar energia de uma única matriz renovável, como eólica ou solar, que têm custo mais baixo que a fornecida por distribuidoras locais no chamado mercado cativo, com tarifas fixas.
Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), há um potencial de migração de 175 mil empresas que hoje são clientes de distribuidoras.
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O Globo 22.11.2021.pdf